.: Google App Engine :.

Finalmente consegui um servidor dedicado para hospedar o meu site. Agora sim eu posso chamar de site, já que ele ganhou um salto enorme de escalabilidade. E o servidor é de ninguém menos que do Google! Quase todo internauta deve ter uma conta no Google. Abrir um perfil no AppSpot/App Engine é rapidinho e para quem não conseguiu receber SMS como eu, basta enviar uma mensagem que eles liberam. É incrível como eu estava fazendo tudo só com frameworks JavaScript. Não que o Blogger seja ruim. Ele é ótimo e perfeito pra mim, vou continuar usando, mas não para apresentar as telas, somente para armazenar os meus posts. Ou seja, a ideia de ter serviços espalhados por aí, centralizados no Zenith Garden, continua a mesma.


Uma explicaçãozinha básica de como tudo funciona: é incrivelmente simples. Desenvolvimento web 2.0 é simples, pois já existem frameworks e padrões que fazem tudo por você. Mas... As pessoas gostam de complicar, fazer o quê? Escolher o ambiente certo é a primeira coisa a se fazer, mas quando isso não é possível a gente se vira com o que tem.


Primeiro um overview do AppSpot. Ele é um serviço de hospedagens do Google que pode receber aplicações tanto em Java quanto em Python. A Microsoft tem um serviço similar chamado Azure para aplicações em .NET. Python tem uma vantagem enorme sobre Java e .NET por ser interpretado. Ele é compilado em tempo de execução e além disso não precisa de uma máquina virtual, portanto, em temos de performance, não faz feio. Além disso é simples. Pode-se desenvolver tranquilamente fora do ambiente web pelo shell. E toda linguagem tem um framework de desenvolvimento por trás e, para Python, temos o Django. A filosofia é a KISS (Keep It Simple Stupid), o princípio DRY (Don't Repeat Yourself) e o padrão MVC (Model View Controller). Quem desenvolve/desenvolveu para várias linguagens vai entender. A interface é toda orientada a templates, o equivalente aos master pages/server tags do asp e ao velocity ou jtl do jsp, com a grande vantagem do espírito DRY e KISS.


Os efeitos visuais continuam sob os frameworks JavaScript. A única diferença é que eu troquei o par prototype/script.aculo.us pelo mootools, mas continuo usando o dojo. Como agora todo o processamento de dados é feito no lado do servidor e não do cliente, tirei todo o código relacionado ao Google Ajax API. Além de mais flexível, ficou muito mais rápido e robusto. Aproveitei para acrescentar alguns efeitos novos também.


O restante da lógica não muda em nada, tudo continua na nuvem, onde sempre esteve. Continuo escrevendo meus posts no Google Docs, publicando no Blogger, compartilhando feeds no Google Reader, atualizando minhas fotos no Picasa, criando playlists no YouTube, mandando mensagens rápidas no Twitter e atualizando as músicas no Last.fm (pois é, nem tudo é Google :D). No AppSpot só mexo se eu quiser adicionar alguma feature ou alterar alguma coisa. Conteúdo coletivo fica todo no Gmail, Google Sites e Calendar, mas esses são privados. Friends Only.


Já o layout novo da página eu estou devendo a séculos. O atual existe desde a época do falecido Google Pages. Não acho feio, mas, por enquanto, eu estou me preocupando muito mais com o conteúdo. Embora eu goste de escrever, confesso que às vezes dá preguiça de postar. Não gosto muito de deixar pensamentos morrerem na minha cabeça, fico com dó. Quantas coisas poderiam virar posts e não viraram por preguiça...


Creio que essa mudança para o AppSpot vai aquietar minha sede por melhorias no Zenith Garden. Ter ele todo em ajax foi um projeto audacioso e nada convencional, mas foi mais pela falta de um servidor que agora eu tenho! Para quem me visita, espero que aprove as mudanças. Este é um site extremamente pessoal, pensando em quem me conhece, mas visitantes novos são sempre bemvindos!

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