.: Multiplicidade :.

Desde que me conheço por gente, sempre me interessei por assuntos relacionados ao comportamento humano. Quando eu era criança, algumas situações me faziam questionar por que um adulto tinha esse ou aquele pensamento. Exemplo: quando duvidavam que eu era capaz de fazer ou sentir certas coisas, ou quando achavam que eu tinha aprendido de algum lugar algo que eu tinha deduzido sozinho, etc. Eu lembro que minha vó achava impressionante eu montar aqueles quebracabeças de deslizar pecinhas num grid de 3x3 quando eu tinha uns 7 ou 8 anos, antes de entrar na escola primária. Eu montei aquilo com a maior facilidade logo da primeira vez que peguei um deles e era tão óbvio pra mim, como muitas questões relacionadas à psicologia são hoje, por isso me aborreço com alguns livros motivacionais que escrevem sobre coisas que me parecem óbvias demais, por exemplo.


Este livro que acabei de ler fala sobre uma característica nossa que é evidente, mas nem sempre nos damos conta: a nossa multiplicidade. A sociedade nos condiciona a enxergarmos como um só, quando a realidade é que podemos ser muitos. Fiquei surpreso quando comecei a entender melhor como isso funciona na nossa mente e imagino que é essa sensação que muita gente tem quando lê sobre um assunto que ainda não caiu a ficha na cabeça, mas que é óbvio em muitas outras cabeças. Talvez esse assunto de multiplicidade seje óbvio para muita gente, mas não era na minha, até agora. Pelo menos, eu nunca tinha parado para pensar sobre isso. De modo geral, livros que trazem conhecimento sempre são bemvindos, afinal, sempre um ou outro assunto ainda não fez cair a ficha.


Multiplicidade é a nossa capacidade de incorporar diversas personalidades, cada uma com memórias e pontos de vista próprios. Eu estava acostumado com aquela ideia freudiana de id, ego e superego que é limitada perto da multiplicidade.


Quando a gente é criança, desenvolvemos uma série de personalidades pequenas, como a criança irritada, a criança alegre, a criança egoísta, a palhaça, carente e por aí vai. A irritada pode ter nascido por causa do sono, da fome, pela indiferença e vários outros motivos. Conforme crescemos, nossas personalidades vão amadurecendo, algumas vão sendo deixadas para trás, e, dependendo do ambiente, podemos formar uma personalidade maior única, dominante, que é aquela que está ativa em todos os ambientes que a pessoa interage, fruto de uma fusão de diversas personalidades menores semelhantes. Podemos formar maior/menores onde existe uma personalidade maior e outras menores, que aparecem em determinadas situações, como no trabalho, na família, com os amigos, na balada, cada uma se comportando diferente uma da outra. Existem também pessoas com menores múltiplas, sem uma dominante e outras combinações interessantes explicadas no livro.


O curioso, e que eu não tinha percebido, é que cada uma das personalidades possuem seus próprios pacotes de memórias. No caso, memórias e personalidades estão intimamente ligadas. Nossas lembranças chegam mais fortes quando trazemos à consciência o nosso estado mental que viveu aquelas lembranças. Por exemplo, se eu costumo estudar com uma determinada personalidade é mais difícil de colocar em prática o que aprendi com uma personalidade muito diferente: quando eu estou falando em público ou no meio de amigos, por exemplo. Se a personalidade que estudou é calma e segura, uma personalidade nervosa e insegura terá dificuldades em acessar as memórias da calma, o que é bem comum de se ver quando passamos por algum teste ou entrevista. Quando voltamos ao estado calmo, é comum pensar coisas do tipo, "Puxa, porque não disse aquilo?" ou "Como não lembrei disso? Estava na ponta da lingua!".


Pessoas normais têm as memórias compartilhadas entre as diferentes personalidades, embora uma memória seja mais próxima de uma personalidade X do que de uma personalidade Y. Tudo depende de quão semelhante as personalidades são entre si. Se imaginarmos as personalidades se desenvolvendo com diferentes configurações e regiões cerebrais, alguns circuitos estarão acessíveis a outros e alguns bem isolados dos demais. É como nessa última arquitetura que funcionam as pessoas com transtorno de múltiplas personalidades, cada personalidade tem sua própria natureza no cérebro e suas memórias não estão conectadas com as demais.


Também achei curioso o mito do bêbado que se esquece do que fez. O teste era o seguinte: dois grupos fizeram um teste de memória, sendo que na primeira etapa os grupos tinham que memorizar informações. Um estava sóbrio e o outro embriagado. Na próxima etapa, os dois grupos estavam sóbrios e o grupo que estava sóbrio na primeira conseguiu lembrar de mais coisas que o grupo embriagado. Porém, o inverso se aplicava: na segunda etapa, com outro grupo de controle, quando os dois grupos estavam embriagados, o grupo que memorizou as informações embriagados na primeira se deu melhor que os sóbrios, o que sugere que as memórias estão ligadas ao estado em que as pessoas se encontram. Se a gente não se lembra de algo que fizemos quando embriagados, podemos tentar nos embriagar para lembrar da informação, pois o estado traz consigo as lembranças com as quais viveu. Estados muito isolados costumam desenvolver comportamentos diferentes uns dos outros e um próprio conjunto de memórias fechado.


A questão da inconsciência, consciência e da co-consciência também é interessante. Na família de personalidades, existem basicamente 6 grupos: defensoras, controladoras, punitivas, performáticas, relíquias e criativas. Cada grupo tem os seus diversos subgrupos. Algumas pessoas tem a chamada co-consciência, que é semelhante aquela sensação comum em sonhos em que a gente se vê do lado de fora. Na co-consciência, as vozes interiores conversam entre si. Pessoas normais possuem no máximo uma personalidade ativa, o restante fica funcionando só no inconsciente, na forma de intuições, manias e outras manifestações não conscientes, até que tomam conta da gente e passam a ser elas as ativas. Eu sempre tive um pé atrás com a teoria do id e superego influenciando nossa consciência. Ter múltiplas personalidades se manifestando em background faz mais sentido do que apenas duas forças. E são personalidades concretas, que nasceram e foram formadas por algum motivo. Conflitos surgem quando buscam se manifestar, naturalmente todas buscam os seus minutos de atenção e sobrevivência. O nascimento de personalidades está ligado ao ambiente que vivemos, como no ditado "Diga-me com quem andas e te direi quem és".


O livro também traz alguns exercícios interessantes para que possamos identificar nossa família de personalidades, descobrir seus pontos fortes e fracos, seus motivos, origens, enfim, assumir o controle de cada uma delas e descobrir quem a gente realmente é. Assim podemos trabalhar com o nosso time interior. O livro também ensina traçar a roda da personalidade, mapeando nossos diversos eus. Também gostei dos depoimentos de diferentes pessoas relatando sobre algumas de suas histórias, sobre um determinado comportamento delas. São depoimentos bem interessantes.


Dentro de mim identifiquei pelo menos quatro personalidades. Natural, porque sou chamado por três nomes distintos, em diferentes ambientes. Além dos três nomes existe um eu com uma visão mais global e neutra de mim mesmo, ativo quando eu estou sozinho e com meus pensamentos. Sei que tenho diversas micropersonalidades também. Certamente eu detesto matemática, mas tem um lado meu que lida e brinca com números com muita facilidade, tanto é que terminei meu curso de Bacharelado em Ciências de Computação sem ter uma única reprovação. Hoje consigo entender melhor o porquê e também de como eu me dissocio para realizar certas atividades, como programar, por exemplo. Certas coisas vão no automático e eu aprendi a lidar bem com isso.

.: Twilight :.











Primeiro eu vou comentar sobre o livro. Como muitos, eu tomei conhecimento dele por causa do filme homônimo também conhecido como Crepúsculo. A propaganda é ótima para espalhar novidades e produtos, mas neste caso não foi só propaganda comercial; o livro é realmente bom. Eu ainda não li todos e nem tenho pressa, então não posso comentar sobre conjunto da obra, mas do primeiro livro eu posso comentar (e recomendar). Aliás, eu nem presto muito atenção sobre o que dizem, confesso que não me preocupo muito as críticas. O que me atraiu mais foi o tema: romance e vampiros. Eu ando meio em falta com as minhas leituras. Deveria ler mais, mas é difícil de encontrar temas que me interessem, se é que eles existem. Eles têm mais presença em jogos role playing que eu termino usando cheats para só me focar na história, que é o que me interessa. O universo de Xenogears e Xenosaga, por exemplo, é o meu preferido. Não sei se existe algum livro com histórias parecidas, nem em gêneros sci-fi ou fantasia, o que é uma pena.


O livro é basicamente uma narrativa em primeira pessoa da personagem principal, Isabella Swan, ou Bella como prefere ser chamada. Ela narra sua história, suas impressões, seus pensamentos e emoções, todos os detalhes relacionados a sua vida após sua mudança para Forks, uma cidade pequena ao norte de Washington. É importante enfatizar que a narração é sobre o ponto de vista dela, tudo bem subjetivo. Se ela diz que tal pessoa é perfeita, não necessariamente ela será para um amigo dela, por exemplo. No livro, Bella é uma personagem de baixa auto estima. Isso se nota logo no começo, quando ela explica que se muda para Forks porque ela não quer atrapalhar a felicidade da mãe, Renée Dwyer, com o novo namorado, Phill Dwyer. Forks é a cidade onde mora o pai dela, Charlie Swan, chefe da polícia da cidade. No novo colégio, se encanta com a família Cullen, achando todos perfeitos como modelos de revista, talvez pelo ar misterioso que cerca aquela família. Para mais detalhes é melhor ler o livro mesmo :D.


Para quem acha que esse é um livro de vampiros, com ação e aventura vai descobrir que não é bem assim, pelo menos no primeiro. A coisa se torna mais agitada só no final do livro, onde aparecem alguns vampiros sanguinários e mal intencionados. Até lá, são só os românticos suspiros de Bella e seu encantamento pelo seu amado Edward. A velha história de uma mocinha estabanada se metendo em confusões e sendo salva pelo seu vampiro encantado. É um clichê gostoso de se ler.


Ao longo do livro, os personagens humanos iniciais vão perdendo a importância. Aliás, pode ser a tendência dos próximos livros da saga, tudo que é humano vai perdendo a importância para dar cada vez mais espaço ao não humano. A própria Bella quer mais e mais se tornar uma vampira a medida que se envolve com Edward, mesmo tendo náuseas ao sentir o cheiro de sangue. Ela não se importa com nada, só se importa em estar perto de seu amado. As páginas finais do livro propõem algumas discussões interessantes. Aliás o site oficial da autora (clique aqui) é bem interessante para conhecer mais sobre o universo de Twilight. Eu vou ficar a uma certa distância dele para não acabar lendo algum spoil :P.




Agora vou comentar sobre o filme. Ler o livro antes de ver o filme sempre é bom e eu não me arrependo de ter esperado ler o livro para então o ver o filme. Não fiquei assistindo o filme com olhos críticos nem nada. Como eu estava com a história toda na cabeça, assisti mais com olhos de curioso. Queria saber como eram todos aqueles personagens fisicamente. A Bella, por exemplo, não parecia a garota de baixa auto estima como no livro, pelo contrário, era decida e com uma voz forte e autoritária. O pai dela era o típico chefe de polícia americano (de bigode e tudo), como eu imaginava. Do jeito que a Bella descrevia os Cullen eu tinha impressão de que eles eram muito mais bonitos, principalmente a Rosalie Hale que ela descrevia como sendo aquelas loiras perfeitas de capa de revista. O Edward também achei que era muito mais bonito, mas a voz melódica era como descrita no livro. A Alice eu achei até um pouco feia, com umas covinhas esquisitas na boca. Agora o Carlisle era jovem e bonito para um pai de família, como a Bella descreveu.


Os acontecimentos do filme me pareceram fieis ao livro até o jogo de beisebol. A aparição dos vampiros foi uma cena fantástica, palmas para Victoria! É claro que certos detalhes não foram mostrados, o filme é curto para o livro, mas nada que alterasse os acontecimentos do livro. Mas a partir do jogo algumas coisas aconteceram de modo um pouco diferente. A história paralela da Alice, por exemplo, nem chegou a ser citada. Ficou no ar como explicaram a marca no braço da Bella no hospital, no livro não era bem assim e daí fazia sentido. As cenas finais ficaram um pouco diferentes de como eu imaginei.


O filme mostrou algumas curiosidades interessantes como o aparecimento da autora do livro, Stephenie Meyer, num restaurante com seu laptop, comendo uma comida vegetariana. Na hora eu achei que fosse a Victoria, eu pausei e fiquei olhando. No livro a Victoria ficava sondando o Charile, mas não naquele momento... O cabelo estava diferente também. Só mais tarde descobri goglando que era a autora @_@. Outra curiosidade é no final, a última cena com a Victoria não existia na história original, foi um cliffhanger desnecessário para os próximos filmes, na minha opinião.


Eu já tomei posse do New Moon. Eu quero assistir o próximo filme também, espero que seje tão bom ou melhor que o primeiro. Assim que eu terminar de ler posto mais sobre ele :D. Quem ainda não leu Twilight está perdendo um ótimo romance!


.: Trabalho, Sentimentos, Lazer e Etc. :.

Essas últimas semanas eu tenho trabalhado naquele meu ritmo dirige e vomita. No colegial eu costumava escrever redações e cantar ao mesmo tempo, então não é muito estranho me ver escrevendo documentos ou programando como alguém que parece estar ouvindo músicas distraído. Também não é estranho me deparar com pessoas ao meu redor falando de algo relacionado a mim achando que eu estou concentrado em alguma coisa, quando na verdade eu estou atento a várias coisas ao meu redor. Não sei se é assim que funciona na maioria das pessoas, mas eu sei que cada um tem níveis de apuramento sensorial diferente. Isso também depende do momento, eu acho que combino bem a visão com a audição. Se alguém que não está ao alcance da minha visão encosta em mim quando eu estou concentrado, por exemplo, é bem provável que eu leve um susto! Odores também não chamam muita minha atenção, exceto aqueles desagradáveis; daí não tem jeito de não se incomodar...


Eu acabei não escrevendo e nem estava no clima, mas semana passada eu voltei para Praia Grande. Um dos meus primos voltou do Japão trazendo as cinzas do pai dele, daí teve a cerimonia do velório, pessoas trazendo seus sentimentos, etc. Não vi tanta gente. No funeral do meu pai eu lembro que tinha muita gente, mas eu não prestei atenção, nem lembro direito também. Eu achei tudo muito surreal e fiquei irritado com várias coisas, como ter que carregar o caixão dele, por exemplo. Semana passada, no cemitério, eu acendi a última vela que tinha sobrado. Segundo o xintoísmo eram para ser incensos, mas esqueceram de levar e aí usaram velas mesmo. Nesses momentos é difícil compreender o que se passa pela cabeça das pessoas, até porque aparecem várias pessoas que você nunca viu. Isso também não importa muito, o que importa é o que você sente, eu penso que é o momento que você se despede de alguém que um dia significou algo para você. Meu tio faleceu no dia 24 de fevereiro, um dia depois do meu aniversário.







Mudando de assunto... não parece apetitoso? Aceita um quibe frito fresquinho aí?




Encerrando os assuntos macabros (trabalho inclusive :D), terminei de ler o primeiro livro da Stephenie Meyer, Twilight. Já faz um certo tempo que comecei a ler, foi um pouco antes de ter ido no IMAX assistir Batman: The Dark Knight, em fevereiro. Ontem eu comprei o próximo livro da saga, New Moon. Assim que terminei de ler o livro eu assisti o filme Twilight The Movie. Comentários e opiniões sobre esses dois merecem um post a parte, depois eu escrevo sobre eles. Aproveitei para tirar o atraso de filmes: ontem assisti Quem quer ser um milionário? no Iguatemi e, logo em seguida, eu pretendia assistir Watchman, mas por causa de 5 minutos a mocinha se recusou a vender o bilhete. Depois eu pensei: "eu podia ter comprado o da próxima sessão se era por causa do sistema fajuto", mas desencanei. Fui para o Saraiva comprar o New Moon, mas não achei, só tinha a versão traduzida. Então eu desci para a Cultura e lá encontrei e comprei o dito cujo. Depois disso fui para o Havanna Café bater um papo com meus tios, depois dei umas voltas no shopping e antes de sair comi um quibe frito e um suco de laranja no Almanara. Também assisti The Curious Case of Benjamin Button na semana passada, mas achei longo e ruim demais para um drama ou para um romance. Muito chato, não tem nada de espetacular fora o Brad Pitt e os efeitos que fizeram nele :P.

.: Golden Street Bar :.

Ontem, depois do trabalho, eu fui neste bar aqui. Não tinha muita gente quando cheguei. Tinha o camarote no andar de cima e a pista de dança e mais algumas mesas no andar de baixo. O bar todo era coberto por ar condicionado, o que foi muito bom porque esses dias o calor está incomodando. Só não digo que está insuportável porque eu não estou com tanto calor assim, não chego a transpirar. O que me incomoda mais é a variação de temperatura: no trabalho é um gelo, fora dele uma assadeira e por aí vai @_@.


Estávamos eu, waa054, wvnr74, nbtr78, mm114 e wns013. Na quarta-feira eu tentei convencer mais algumas pessoas para irem com a gente... Falei com o Guga, a Karina e o 5etti e mandei emails para mais algumas pessoas. O Guga tinha que esperar as aulas da esposa que terminavam às 19:00. O 5etti parecia meio enrolado, provavelmente por causa do trabalho. A Karina estava animada, principalmente porque ela deveria ter um monte de novidades sobre a viagem a Barcelona. Eu pensei que ela fosse, mas acabou não aparecendo lá. Pessoas casadas tem um ritmo diferente.


Chegando lá, os seguranças nos revistaram e escolhemos uma das primeiras mesas. Chop, refrigerante, água e salgados eram à vontade até as 20:00. Tinha até sushi, mas não experimentei, fiquei só nos salgados mesmo. Conversamos, o wns013 pediu para o garçon tirar umas fotos. Tinha um show na frente da pista, o cara cantou bastante sertanejo e outras músicas da MPB. mm114, waa054 e wns013 colocaram dinheiro na mesa para o wvnr74 dançar lá na pista, mas ele ficou com vergonha e não foi. Batendo 20:00 as sirenes tocaram, as luzes se apagaram, os tambores tremeram. Acabou o happy hour e começou a parte dançante.


Tinha gente da minha idade, mas era tranquilo para gente com o dobro da minha também. Ou não. O público não era lá essas coisas, as músicas dançantes que eu gosto não tocaram, talvez porque fosse cedo ainda, tipo fiquei só das 20:00 até as 22:00. O wns013 saiu logo depois do happy hour e o wvnr74 foi depois de uma hora mais ou menos. Mas foi divertido. Quando saímos, conversamos sobre outros lugares para conhecer outros dias.


Tipo, todas essas pessoas que foram ao bar, trabalharam no mesmo projeto que eu um dia e hoje estamos todos em projetos diferentes. Hoje de manhã a gente conversou um pouco sobre a noite e sempre mantemos contato :). Btw, meu core ID era wro020 :P.

.: Música :.

Já dizia Nietzsche que o que o ser humano precisa é de música! Ele era até um pouco exagerado em dizer que "a vida sem a música é simplesmente um erro, uma tarefa cansativa, um exílio" e que "a música nos oferece momentos de verdadeiro sentimento". Não sabemos com certeza sobre qual é o papel da música na evolução do ser humano, mas a música é uma das formas mais bonitas de comunicação. O gosto pelo gênero musical diz muita coisa sobre a pessoa. Talvez eu seja um pouco ousado em dizer isso, mas ela é um alimento para a nossa personalidade. Cada gênero alimenta um estado diferente do nosso ser.


Pessoas ecléticas, que gostam de ouvir muitos tipos diferentes, alimentam vários desses estados. E estar bem alimentado traz um benefício enorme para a nossa saúde :D! Não acredito que existam músicas que nos prejudiquem. Até mesmo aquelas tristes, que nos fazem chorar, colocam para fora uma carga enorme de emoção que estava presa dentro da gente — e que precisava extravasar. Aceitar nossas emoções negativas é fundamental para impedir que elas se materializem de alguma outra forma no nosso corpo e mente, o que pode ser muito ruim. O importante é sentir-se bem. E nunca exagerar na dose!


Tudo que estimula nossos sentidos pode nos inspirar, toques, imagens, sabores. E a música combina várias sensações porque elas têm um contexto, carregam uma mensagem. Acompanhadas de palavras, instrumentos, mantras, padrões hemi-sync, as melodias combinam um conjunto fantástico de informações. Fantástico também é o efeito que elas podem causar sobre as pessoas. As pessoas naturalmente falam do que gostam e quando falam de música, defendem suas preferências como bandeiras. Ontem foi assunto trocado nos meus emails e mais à noite foi pretexto para eu mandar IMs para um colega que está nos EUA, porque eu vi que ele estava com o status do gtalk com o nome de uma música de uma banda que eu adoro.







A música atravessa o tempo e gerações. Boas músicas não morrem jamais.




Como tudo que envolve preferências, também existe muitos preconceitos em relação ao tipo de música. O álbum Arular da M.I.A., por exemplo, é totalmente psicodélico e lembra o funk, mas é divertido de se ouvir. Por aqui, o funk é meio que marginalizado, eu mesmo não curto muito o estilo, mas gostei do álbum da M.I.A. que é britânica e conhecida como cantora de hip hop por lá. Quando comecei ouvir o Arular, logo pensei, "afff isso é funk @_@", mas como achei divertido, ouvi até o final, curti e me surpreendi :P. Também têm as músicas do estilo metal alternativo e metal sinfônico como Evanescence, Within Temptation, Nightwish e Epica que possuem algumas canções dramáticas que não causam boa impressão em muita gente. Acho que em ambos os casos tem um pouco a ver com os estereótipos de pessoas que costumam ouvir essas músicas. Generalização é um problema... Preconceito também existe, um pouco, com músicas nacionais. Muita gente que curte rock não quer nem ouvir falar em rock nacional. Eu não sou fanático por rock, então não os entendo, logo não vou escrever sobre o que não entendo, mas nada contra qualquer tipo de música. Afinal, tudo é questão de gosto.


A gente procura uma dieta equilibrada na hora de escolher o que comer, certo? Se a música é um alimento para a nossa personalidade, por que não buscar uma dieta balanceada para nossos ouvidos? Músicas alegres e tristes, que nos fazem descontrair ou se concentrar. Ou então, experimentar uma nova para abrir novos horizontes e estimular nossa criatividade! Ouvir um pop para fazer exercícios, por exemplo, é ótimo. Ouvir escrevendo também. Os meus post escrevo ao som de muita música: do clássico ao alternativo, do pop ao soul!

.: Um Dia Que Valeu a Pena :.

O último dia de fevereiro foi um dia bem cansativo, mas que valeu a pena. Foi um daqueles dias que você chega cansado em casa querendo correr para a sua cama e desmaiar. Eu faria tudo de novo, porque foi um cansaço positivo, de um tempo bem aproveitado. Bom, tudo começou depois da última visita do J. aqui em Campinas. No caminho da rodoviária, o J. contou que em breve iria passar um filme novo no IMAX: Batman - O Cavaleiro das Trevas. O Boi se empolgou com a ideia e o J. se dispôs a ser o guia desse programa e extendeu o convite aos interessados. Daí ficou combinado que o próximo encontro seria a duas semanas seguintes, logo após o Carnaval.


Na sexta-feira, um dia antes, a gente discutiu qual seria a programação de sábado. Eu conversei um pouco com a Dani no gtalk e com o J. no gmail sobre o que iríamos fazer, como iríamos nos encontrar etc. Eu não achei o link para o bilhete do Batman, mas o J. conseguiu comprar e escolher os lugares. Ele deve ter sido o primeiro a comprar, porque todos os lugares pareciam que estavam disponíveis e ele escolheu os assentos na melhor fileira da sala. Só depois da compra a Dani percebeu que eu e ela podíamos ter pagado meia entrada por sermos correntistas do Unibanco. Eu vi no site de previsão do tempo que poderia cair chuva pela tarde, mas isso não aconteceu. O J. combinou de se encontrar conosco às 16:30 lá na estação Barra Funda. Antes, tínhamos as alternativas de almoço na Liberdade, passeio pelo bairro, Masp e Parques Trianon e Ibirapuera. Certeza mesmo só a ida ao Shopping Bourbon para assistir o filme no IMAX.


No sábado, eu acordei, fiz meu café da manhã e esperei o Boi e a Dani. O Boi me pegou em casa e nos levou até a rodoviária. Da minha casa eu disse a ele um caminho meio estranho daí ele teve que fazer uma voltona até chegar na rodô :P. Lá ele estacionou o carro, compramos passagens para Sampa marcadas para as 10:30 e seguimos. No caminho eu fui lendo Twilight, a narrativa é muito suave, cheia de descrições de ambiente e pensamentos da personagem principal... Chegando em Sampa, calculamos a quantidade de bilhetes de metrô, compramos e seguimos para o bairro da Liberdade.


Lá na Liberdade eu entendi o sentido da palavra guia quando vi a Dani andando pelas ruas a passos firmes, sabendo exatamente para onde ir. Não sei se ela estava com muita fome ou não, só sei que em questão de minutos estávamos num restaurante, o mesmo que eu fui no último aniversário do GaC. Lá tivemos conversas aleatórias, sobre o cover tecladista, como a Dani consegue encontrar garfos onde só se vêem hashis por perto, peixes que possuem cabeças transparentes e olhos dentro deles, etc. Depois de almoçar, como não tínhamos nada para comprar na Liberdade, seguimos direto para o metrô rumo ao parque Ibirapuera. 


Descemos na estação Brigadeiro. O primeiro ponto de ônibus era o que voltava do parque. A gente teve que andar um pouquinho para achar um ponto que ia em direção a ele. O Boi perguntava aos motoristas se eram os ônibus certos pra gente, tanto na ida quanto na volta. Em relação a fazer perguntas o Boi disse que aprendeu algumas coisas. Que era preciso saber para onde se quer ir (não é bom só contar com a capacidade do motorista de adivinhar que a pergunta de sobre o parque Ipiranga era na verdade sobre o parque Ibirapuera :D) e saber para quem perguntar (não é bom confiar em alguns passageiros confusos e perdidos que acham que talvez seja, mas poderia ser, e se o cobrador confirma então é, logo era ali perto :P).







Parque Ibirapuera - Boi e Dani formando o casal mais bonito do parque!




O parque Ibirapuera era enorme. Tinha bicicletas para alugar, mas não era algo prático porque não ficava na entrada, tinha que andar para alugar e, depois de usar, andar de volta até a saída :P. O parque tinha vários vendedores de sorvete e refrescos espalhados. Perto da entrada tinha um ganso branco imóvel. Acho que o Boi disse que viu ele se mexer, mas não botaria a mão no fogo pra dizer se aquilo era vivo ou apenas uma estátua. Mais para frente encontramos um mapa do parque. Passamos pelo Planetário e Pavilhão Japonês, mas não chegamos a entrar. Passamos pela Ponte Metálica onde várias pessoas tiravam fotos, inclusive nós. Da ponte vimos o lago e vários patos, peixes, gansos... Lá de longe o Boi viu o ganso Messias que se equilibrava sobre a água. Depois ele disse que se sentiu inspirado pelo ganso e comprou o livro "A Lógica do Cisne Negro" na livraria Cultura no shopping, mais tarde. Eu perdi a cena que o pato fez o chamado "qué" e vários patos se reuniram e seguiram o pato do "qué" :(. Pelo caminho o Boi me contou que a Dani teve a ideia de alugar um ganso para passear que eu concluí como ganso pedalinho. Mas não era pedalinho, era um ganso! Eu tentei imaginar qual seria o sentido de se alugar um ganso?! Acho melhor a Dani explicar...







Ponte Metálica - Atrás da gente estava o Messias!!




No passeio, hora fazia sol, hora vinha uma sombra e alguns caminhos tinham corrente de ar. O parque tinha quadras de esporte como volei, basquete, pingpong, áreas onde se podia patinar e andar de skate, ciclovias, ou seja, lugar excelente para quem quer fugir do sedentarismo. Tinha coisas estranhas também, como uma mulher deitada em cima da mesa de pingpong para tomar sol. E coisas típicas de parque como piqueniques e gente passeando com cachorros. Esse passeio me deixou um pouco cansado, mas acho que foi mais por causa do sol que estava muito forte.


Após sair do parque, fizemos o caminho inverso. A Dani, de novo, andando a passos objetivos, o Boi se informando com motorista e cobrador de ônibus, nós entrando no metrô da estação Brigadeiro e de lá seguindo rumo a estação Barra Funda ao encontro do Jeff. Assim que chegamos na estação, o Boi tentou ligar para ele, mas deu ocupado porque nesse exato momento o Jeff estava ligando pra mim para avisar que estava saindo e iria nos encontrar no horário combinado (16:30). Compramos refrescos e descansamos um pouco nos bancos perto dos guichês de ônibus. Mandei um SMS para o Jeff e ele nos encontrou lá! O J. estava chique numa camisa azul bandeira. O Boi foi contando as novidades pelo caminho e seguimos o Jeff que nos guiou pelos terminais de ônibus. O J. estava com um presente que deu pra Dani, um travesseiro 100% preguiça! E de lá, partimos para o shopping Bourbon com a missão de assistir o Batman e o Coringa na telooooooooona do IMAX :D!







100% pregui...




Chegamos rapidinho no shopping, assim como o J. disse que seria. Pegamos os bilhetes. Foi muito mais rápido que da outra vez (comprar bilhetes pela Internet é muito mais prático). Demos umas voltas pelo shopping e depois sentamos no Scada Café. Esperamos o tempo passar, tomamos mais refrescos, ouvimos os toques de celular do J. e do Boi, batemos um papo e finalmente entramos na sala do IMAX.


Foi a primeira vez que eu vi aquela tela sem os óculos polarizados, a imagem é nítida e enorme. As cenas panorâmicas das cidades eram lindas, as explosões eram explosivas :P. Tipo, a parte de perseguição de carro que o Batman queria pegar o Coringa eu meio que dormi, essa parte não tinha muita conversa, só movimento/ação e me deu sono. No caminho de volta eu comentei (spoiler aqui!!!) sobre o fato do vilão mafioso ter sido jogado e caído de uma altura considerável e ter só quebrado as pernas e do Duas Caras ter caído de uma altura não tão alta e morrido. O cara é muito tosco!!!!







Espelho Manchado - No Picasa, uma sequência hilária do Jeff fazendo caras e bocas :D




Assim que o filme terminou, saímos do shopping e a gente seguiu para o ponto de ônibus para voltar para a estação Barra Funda. De volta ao metrô, conversamos sobre o dia. O Boi lembrou dos planos de passeio dos pais da Dani, imprevisíveis e aleatórios, mas divertidos. Daí ele começou a pensar sobre planos improvisados e planos calculados. De como sempre é bom ter um plano B para os passeios, mas que nem sempre os planejamentos seguidos a risca fazem dos passeios os melhores. No caminho da rodoviária, a Dani começou a contar empolgada sobre suas histórias de alocação de projetos, dos momentos de como as notícias eram contadas a ela pelas pessoas. O Boi achou os nomes surreais... O J. nos acompanhou até o fim. Lá no terminal de ônibus, de repente, o Jeff disse que achava que o Boi e a Dani formavam um casal muito bonitinho, que se combinavam bastante. He he... O Jeff começou a dizer coisas incríveis, de como a gente combina, de como é alegre estarmos juntos e como a nossa química é boa. Faz nos sentirmos verdadeiros.


No caminho de São Paulo para Campinas, li um pouco mais do livro, cheguei de volta morto de cansado, tomei um banho, jantei e fiz o tão aguardado ploft na cama! Foi um dia super divertido, gostei muuuuuito de ter passeado com o Boi e a Dani e de rever o Jeff. Se dependesse de mim faria mais programas como esse, sempre é divertido encontrar com as pessoas da Sede. A propósito, as fotos do passeio estão no Picasa (clique aqui).