.: Passeios da Semana :.

Essa semana até que fiz bastante coisa: no domingo terminei de ler um dos livros do Robert sobre a vida em Burma. Segunda eu fui trabalhar no período da manhã. Almocei com o Alex no Dompas e fiquei por lá mesmo. Aproveitei que estava com todos os documentos e fui na loja da Vivo comprar um iPhone. A minha sorte foi que o sistema de pontos da Vivo caiu enquanto eu estava na fila de espera, daí umas quatro pessoas que estavam na minha frente foram embora. Assim como no Iguatemi, eu fui bem atendido. Como meu nome já estava fora da lista do Serasa, eu pude fazer a migração de operadora, só tive que passar antes numa agência do Itaú para poder sacar a grana e fazer o pagamento. Ainda entrei numa loja para comprar uma capa para o celular, não lembro o nome da loja, mas os atendentes eram molengas e não me atenderam e eu fui para uma outra loja e comprei lá. A mocinha me atendeu bem e ainda colocou a película protetora pra mim. Saindo do shopping, quando cheguei em casa, o Speedy estava down, só voltou pelas 3 da tarde, daí eu pude atualizar o software do iPhone e testar as funcionalidades Wi-Fi. Ainda estou sem serviço 3G, porque é preciso esperar 3 dias úteis para completar a portabilidade do número, daí estarei conectado em todos os lugares cobertos pela Vivo. Em teoria era para acontecer isso hoje.


Na terça, feriado de Tiradentes, o pessoal aqui de Camps se juntou com o Jeff e Mari em Sampa para uma quick trip. O Boi me ligou umas 10:20 mais ou menos. Minha irmã já tinha saído para trampar e eu estava sozinho no apartamento. O Zé também tinha ido trampar, mas só pela manhã, daí ele atrasou um pouquinho... E parece que o Jack não pôde se juntar a gente porque tinha que trampar também. Quanta gente trampando no feriado, :P! Era para eu ter levado o livro que o Boi pediu e eu até tinha deixado debaixo do meu molho de chaves para não me esquecer, mas quando eu saí acabei esquecendo de pegar @_@.


Assim que eu entrei no carro do Zé, o Boi apresentou a nossa guia. Acho que era Lucy o nome, sei lá se tinha nome :P. Era um GPS com uma tela bem brilhante e sensível ao toque. Muito mais bonito que o GPS dos carros da Hertz que eu mexi da última vez, mas talvez eles já tenham atualizado os deles também. Faz muito tempo que eu usei. Na verdade, o Miguel que usou, eu só colocava as coordenadas nele. Enfim, GPSs são muito úteis, porque além de calcular a rota e sua velocidade, avisam dos pontos que possuem radar. Ah, e te dão os itinerários e lugares bacanas de se ir, que, pra turistas perdidos e sem rumo, é essencial.


A viagem foi tranquila, com alguns pontos de passagem marcados no GPS para o "Time Extension" :D. No quilometro 20 da Anhanguera mais ou menos a Dani ligou pro Jeff e passou o celular para o Boi falar com ele. Parece que a conversa foi mais ou menos do tipo, "Jeff, estamos no quilometro 20 da Anhanguera, devemos chegar em uma meia hora". "Uhm, oi, estou em casa". "Jeff planeta Terra chamando... Estamos na Terra". "É, eu também!". Hehe, depois eu perguntei pra ele se ele tinha acabado de acordar porque o Boi teve a impressão que o Jeff estava meio desorientado na hora :). O Jeff disse era mais ou menos isso. Ele estava sussa porque a gente disse que chegaria tarde e tal. Na hora foi engraçado imaginar o Jeff saindo da cama para atender o telefone.


Em São Paulo, o Zé deu um monte de volta para subir no estacionamento. Lá tem que passar por aquelas torres construídas em forma de espiral. Chegando no shopping Pompeia, eu liguei o meu iPhone para ver se tinha Wi-Fi. Até tinha, mas era tudo privado, daqueles tipo aeroporto que precisa se registrar e pagar. Eu tinha conversado com o GaC para saber se tinha Wi-Fi e ele disse que sim, acho que não expliquei direito que era Wi-Fi aberto e público que eu estava querendo saber :(. Enfim. Seguimos direto para o Espaço Unibanco porque a Mari não tinha comprado o bilhete ainda. Na fila eu liguei pro Jeff de novo daí ele parecia acordado e disse que estava saindo de casa. Ficamos um tempinho na fila, não estava tão caótico como da primeira vez que eu fui com o Gac e Jeff, mas mesmo assim tinha gente perdida e reclamando. Assim que o Boi foi atendido no balcão de bilheteria, a Mari chegou e parece que veio correndo :P. Foi na hora "H", ela precisava mostrar a carteirinha para pagar meia entrada. Poxa, perdi a cena... eu tinha entrado na fila de novo com o Zé, para caso ela não aparecesse e não desse para o Boi comprar o bilhete para ela.







Sentados esperando a nossa vez.




No almoço nos descemos até o andar mais baixo para o Outback Steak House. Aquele de Sampa ainda não tinha ido e ficou aquela vontade da última vez que eu fui no Pompeia com o Gac e Jeff: a gente viu o Outback lá sorrindo enquanto explorávamos o shopping. O Boi pegou a senha eletrônica e nós demos uma volta no menor andar do shopping :(. Não tinha muita coisa lá para ver, tinha uma loja de jogos, mas não sei se estava aberta, enfim... Ficamos sentados esperando o Jeff e a nossa vez de entrar. A Mari estava meio preocupada porque tinha jogo do Palmeiras e podia ficar uma bagunça por lá, mas não vi nada fora do normal. Para entrada do almoço, dividimos uma daquelas cebolas do Outback. O Jeff chegou logo depois das cebolas serem servidas, daí todos fizeram o pedido do prato. Eu ia comer peixes porque carne vermelha eu não iria conseguir comer tudo, mas acabei pedindo o "The Outback Special", Sirloin de 220g ou algo assim... O nome do arroz era Pilaf e o Jeff imaginou que ele podia ser azul porque o Pilaf (DBZ) é azul :P. Zé, Boi e Dani compraram um lanche que não lembro o nome. A Dani disse que estava muito gostoso, mas era muito grande. A Mari ficou na salada e o prato Jeff tinha um monte de batata cortadas em tiras grossas, tipo formato de limão fatiado. As bebidas eram à vontade e o gelo derretia muito rápido ali, incrível.







Depois de ter almoçado. A garçonete tirou os pratos e também uma foto nossa.




Depois do almoço seguimos para a livraria Cultura. O Zé me mostrou um livro que ele e o Boi curtiam, da saga Discworld. Eu comprei o primeiro livro, The Colour of Magic, porque fiquei curioso. O Zé disse que ele tem o tom inusitado dos livros do Douglas Adams, somado com um mundo bizarro inventado pelo autor, Terry Pratchett. O Zé tinha pego um livro do Terry também e queria mostrar pro Boi, daí eu achei engraçado porque eles demoraram a se encontrar. Eu avisei o Boi depois e sempre que via o Zé, ele estava a procura do Boi e viceversa. Outro livro que achei interessante foi um que tinha na capa "Não Pense" ou algo assim, sobre a usabilidade das interfaces. Eu acho esse tema bastante interessante.


Umas 15:30 mais ou menos seguimos para o IMAX, nossa sessão era a das 16:00. O Jeff ficou brincando uns minutinhos com um jogo do iPhone, o Super Ball Free, que me lembrou de Mercury Meltdown. Nele, você usa o acelerômetro para deslizar a bolinha até uma posição da tela e precisa escapar de buracos no meio do caminho. A Dani e a Mari foram na frente porque iriam passar no banheiro antes. O Jeff e o Boi entraram na fila da pipoca. Estava todo mundo cheio depois de ter comido no Outback, incrível como sempre sobra um espaço no estômago do Jeff para pipocas. Acho que ele tem um outro estômago dedicado só para pipocas. Eu fiquei esperando os dois com o Zé, depois o Boi voltou e, em seguida, o Jeff e daí entramos no cinema.







O Boi tirou uma foto nossa com os óculos! A câmera do iPhone é ruizinha mesmo...




O Jeff escolheu os melhores lugares, a tela enorme do IMAX ficava bem na nossa frente. A Dani estava lá esperando e a Mari teve que sentar atrás, no meio dos namorados porque a atendente não tinha entendido o Boi na hora de vender o assento e emitiu um bilhete longe da gente. O filme que vimos foi Monstros vs Alienígenas (Dublado). O Boi estava curioso para saber como era uma legenda 3D. Uma cena mostrou um texto na tela, deve ter matado a curiosidade dele. Eu gostei muito dos efeitos de fumaça e do efeito da câmera se posicionando no meio de um corredor de gente no hall da igreja. Explosões e outros efeitos também eram bacanas. Nesse filme eles também usam aquele lance de colocar um fundo 2D quando o fundo é muito longe. As árvores em 2D no fundo do campo, logo no começo do filme, ficaram meio toscas.







Na saída, antes de devolver os óculos.




Depois do filme, saímos do shopping e o Zé desceu o estacionamento. A Dani gostou de uma sacada de vidro do shopping, onde fica um pedaço da praça de alimentação. Depois o Zé deixou o Jeff no terminal da Barra Funda e a Mari um pouco mais pra frente. Tanto na ida quanto na volta o Boi configurou o GPS para passar pela Anhanguera. Eu não vi chuva nenhuma em Sampa. De três vezes que fui pra Sampa com previsão de chuva, só uma choveu mesmo. Chegando em Camps, mais ou menos entre o Centro e o Cambuí o CD tocou a versão original de Mad World. Em Sampa um outro CD do Zé tocou Head Over Heels, ambas as músicas tocam na trilha sonora de Donnie Darko que me fez lembrar das sessões de filmes em Sanca. Antes de me despedir do povo eu subi para pegar o livro que o Boi pediu emprestado pra ele e a Aline lerem, já que eu tinha esquecido de pegar antes.

.: Fenômenos da Natureza :.

Sempre que estou dentro de um carro eu costumo olhar as paisagens ao meu redor. Um dia  desses, voltando do Iguatemi, eu vi um fenômeno muito lindo no céu. Eu chamei a atenção de todo mundo no carro porque aquilo era bem diferente, meu tio até estacionou numa rua sem movimento para poder ver. Feixes de luzes batiam contra nuvens que refletiam os raios para cima em tons mais escuros. Eu e meu primo batemos umas fotos usando a câmera do celular dele, mas a imagem não capturou completamente a cena, os contrastes do céu, etc. O evento me lembrou de outro fenômeno que vi no ano passado (clique aqui) quando eu voltava do almoço na entrada do prédio onde eu trabalho.







Reflexo da luz solar: ao incidir sobre as nuvens, raios de diferentes tons surgiam




E ontem eu comecei a fazer caminhadas. Assim que cheguei em casa, larguei todas as minhas coisas para sair por aí sem rumo. Minha rota foi simples, eu desci a Júlio de Mesquita em direção a Coronel Silva Teles até chegar no Subway. Comi um lanche lá porque estava com muita fome e peguei a latinha do Nestea antes de sair, para beber no caminho. Fiquei ouvindo música o tempo todo (menos quando fiz o pedido, claro). Quando saí de casa a única coisa que eu pensava era onde eu iria matar a minha fome.


Depois de comer o lanche, minha rota foi a inversa, subi a Coronel Silva Teles e a Júlio de Mesquita até o Centro de Convivência. No caminho tinha um bar e eu vi várias pessoas sentadas conversando e bebendo. Umas poucas pessoas estavam bebendo sozinhas, só observando o movimento.


Eu sempre andava devagar, a minha intenção era mais ouvir as músicas. Exercitar mais o meu estado de espírito ao olhar o mundo. Nem prestava muita atenção no movimento ao meu redor, ou nas pessoas, só naquilo que eu queria. Eu estava em um estado disassociativo geral, bem comum quando ouço músicas que eu gosto. Eu dei só duas voltas pelo Centro de Convivência e os relógios já marcavam seis e cinquenta e tantos. Como chego em casa antes das seis devo ter perambulado por uma hora mais ou menos.


Quando eu saí de casa o dia ainda estava claro e quando eu voltei já estava tudo escuro. O legal é que eu moro numa rua tranquila que termina numa rua movimentada e de noite tudo fica iluminado. A maioria das pessoas estavam correndo no Centro de Convivência, mas tinham várias andando também e toda periferia do Centro de Convivência é iluminada. O bem estar que é aproveitar a sua cidade não tem preço, é grátis. Eu fazia muito isso em São Carlos, perambulando pela Carlos Botelho, Praça XV, pelos interiores da USP e tomando café da manhã ou da tarde na padaria Guanabara.

.: Limpando meu Nome (Em Busca do iPhone) :.

Uma sexta-feira eu estava lendo notícias no meu notebook e pensei: "Poxa, como esse treco é pesado". Lembrei do PSP que é menor e portátil e também dá pra ler notícias. A tela até que é boa, mas o browser é muito lerdo e vive dando erro por falta de memória. Então eu pensei, por que não comprar um phone 3G? Comecei a pesquisar os planos e não os achei absurdamente caros. Os aparelhos é que estavam caros, no exterior eles são baratos, mas aqui nesse país tudo fica absurdamente mais caro. Os planos e os aparelhos. Eu procurei modelos de todos as marcas, mas para ter tudo que eu queria (3G, Wi-Fi, GPS, Browser, Aplicativos) só o iPhone mesmo. Então eu decidi comprar um. Entre o custo/benefício, a Vivo foi a mais em conta, comprando o aparelho mais as mensalidades do plano em doze meses. A diferença da TIM não era tanta e como a loja da TIM fica a cinco minutos de casa, resolvi ir na TIM mesmo.


Na loja já começou mal, eles não tinham o modelo de 16Gb. Depois descubro que a loja não fazia mudança de planos, só no Dom Pedro. E eu fui até o Dom Pedro... Lá o atendimento é assustadoramente lento. Me deram uma senha que provavelmente alguém já tinha segurado porque fedia muito. E fiquei esperando muito tempo até ser atendido. Quando fui, além de ser mal atendido, o atendente não quis aceitar o meu comprovante de residência. Depois disso perguntei se na loja do Iguatemi eles podiam fazer a mudança de plano e ele me disse que sim. Saí de lá passado. Voltei para casa, peguei outros comprovantes e fui para o Iguatemi.


No Iguatemi quando cheguei na loja da TIM, não tinha ninguém. Pelo menos não tive que esperar em filas. Falei com a mocinha da loja e disse que queria comprar um iPhone. Ela viu meus documentos e disse depois que não fazia mudança de plano, só no Dom Pedro. Eu fiquei "P" da vida, porque o carinha do Dompas disse que no Iguatemi eles faziam. Depois eu pensei, ah, vou comprar uma linha nova então, ficar com duas e depois de um ano eu faço a mudança de plano. Mas aí a mocinha pergunta para um outro cara lá da loja e ele disse que não tinham nenhum iPhone para vender. Eu saí passado de novo e fui direto procurar uma outra operadora.


Quando cheguei na Vivo, a senha eu peguei pela máquina e não da mão de uma atendente que dava senhas usadas e fedidas. Não tinha muita gente e fui atendido rapidinho por uma mocinha simpática. Nossa, como atendimento bem feito faz a diferença. Bom, ela mostrou os planos e escolhi aquele que já tinha visto pela Internet mesmo. Só que dos documentos que eu tinha nenhum servia como comprovante de residência, fora uma conta que estava no nome da minha irmã. Como minha irmã estava num curso de maquiagem, fiquei esperando até ela chegar. Fui até a Saraiva e peguei umas revistas falando da Apple e do iPhone. Quando ela chegou, fui direto para loja da Vivo, peguei a senha e dessa vez estava lotado. A loja é muito pequena e estava muito apertado, mas mesmo assim tinha tantos atendentes quando na loja da TIM do Dom Pedro, que só tem tamanho e atendimento nota 0. Estava quase fechando a compra daí descobri que meu nome estava no Serasa e não pude comprar o iPhone :(. Antes de sair do shopping eu passei numa loja da Claro e perguntei para uma atendente se eles aceitavam como comprovante de endereço algum dos papéis que eu tinha em mãos e ela, com a maior cara de bunda, disse para eu olhar uma plaquinha em frente a loja. Ou seja, Claro excluída da minha lista de possíveis operadoras.


Ontem eu fui até o Serasa ver do que se tratava. Eu achei onde ele ficava pelo Google Maps, ele indicou a rota e foi muito útil. Imprimi o mapa e não teve erro. Um phone 3G seria muito útil para me orientar nas direções, principalmente quando eu tiver um carro. Lá, eles me informaram que era uma pendência bancária no Banco do Brasil. Na hora eu pensei que fosse a conta bancária que eu não fechei em São Carlos... Saquei o valor que eu devia no Unibanco e fui até o Banco do Brasil quitar a dívida e limpar o meu nome. Para ser atendido nas mesas fui chamado na hora. A moça explicou que era um valor não pago do cartão de crédito, mas que ela não conseguia ver a compra porque era muito antiga e só na agência eles poderiam ver o que era. Ela explicou que a conta de São Carlos tinha sido transferida para Praia Grande e que aparentemente estava tudo certo. Eu peguei a senha para caixas e vi milhares de idosos passando na minha frente. Eu fiquei com dó, porque com certeza a maioria das coisas que eles estavam fazendo lá no caixa eles poderiam fazer pela Internet. Tinha uns idosos que se perdiam com as senhas que apareciam na tela. Daí eu pensei, o Banco do Brasil é um banco idoso e para idosos. E fiquei lá esperando sentadinho durante uns 40 minutos, acho.







Fila aqui, fila lá, fila pra tudo quanto é lugar!




Quando cheguei em casa eu liguei para minha mãe para ela ir ao banco ver do que se tratava aquele valor e pedir que ela bloqueasse todos os cartões em meu nome relacionados ao Banco do Brasil. Almocei, fui trabalhar e mais a noite ela me liga explicando que era de uma compra que eu tinha feito para minha irmã, do adaptador do Nintendo DS dela. Ela disse que a minha conta de São Carlos foi mesmo fechada e estava tudo certo agora. Ela disse que não tinha pago a fatura porque tinha pensado que era algum extrato e pensou que a conta de cartão de crédito iria cair na conta sozinha. Ou seja, fico com meu nome sujo por uma compra que não é minha e por não ter pago uma fatura que não veio no meu endereço. E por causa de tudo isso fico sem iPhone. Vou ter que esperar cinco dias úteis até que o meu nome saia da lista de pendências do Serasa. Mas se eu for comprar, Vivo com certeza. TIM e Claro sucks total pelo atendimento porcaria aqui em Campinas. A Oi tem uns planos 3G muito caros. Portabilidade é o que há, vou mudar de operadora com prazer.

.: Reprogramando o Cérebro :.

Hoje eu fiz umas buscas sobre a reforma ortográfica da língua portuguesa. Não que eu não tivesse dado uma olhada nisso antes, mas hoje procurei estudar um pouco mais sobre isso. Tipo, ouvi muita gente reclamando. Dizendo que era besteira mudar aquilo que demoramos tanto para aprender na escola, enfim. Mas eu acho que essa reforma é uma oportunidade para se exercitar o cérebro. Talvez isso se compare quando a gente tenta aprender ou esquecer de algum sotaque. Eu, por exemplo, já estou adaptado ao sotaque americano... Se tento falar o inglês britânico fica esquisito. Em português é mais fácil tentar usar o sotaque de outra região, já alterar detalhezinhos da fala do dia-a-dia é mais complicado. Outra coisa boa foi o fato de se acabar com aqueles "C"s e "P"s mudos que a gente vê no português de Portugal. Eu olho aquilo e acho tão feio. Tão feio quanto quando olho a palavra "ecrã". E, infelizmente, o Google Docs ainda teima em sugerir essas letras feias aqui quando eu escrevo meus posts e mando passar o corretor ortográfico.


Bom, além de conhecer as novas regras, espero que eu me acostume com elas naturalmente por osmose. Algumas regrinhas eu já aplico conscientemente, outras fico na dúvida e outras ainda nem me toco. De qualquer forma as duas formas estão valendo até 2012. Hmm... pior que quando a gente lê livros ainda está na forma antiga, pra aprender por osmose só lendo revistas e sites. Ou confiar no taco e ter certeza de quando é o certo.







Echochrome: exercício divertido para quebrar o condicionamento do caminho padrão.




O piloto automático é uma maravilha. Mas acho que todos os pilotos automáticos que a gente desenvolve deveriam ter um prazo de validade, ou pelo menos uma revisão, já que tem coisa que dificilmente muda mesmo, como somar dois em uns, por exemplo. Se trocarem o sinal de mais por um sustenido, acho que o mundo caía, de tão cabeça-dura que são os matemáticos mais fervorosos... Mas isso é mais uma questão de formação de padrão do que um hábito, eu diria. Recondicionar os nossos hábitos é muito importante para o processo criativo. Criar novos hábitos, fazer novas rotas, mudar o visual, trocar os móveis de posição (minha mãe que gosta de fazer isso), tudo isso contribui para dar uma sacudida no piloto automático. Eu faço exercícios de relaxamento à noite, como alongamentos, mas nada muito pesado. Eu aproveito para criar novas posições, tem horas que você enxerga o mundo de um modo completamente diferente (literalmente) e é muito bom. O tempo faz a gente se cansar das mesmas coisas.


Todo esse papo me lembrou de Echochrome, jogo do PSP que adiciona cinco novas leis na física do mundo da perspectiva:


  1. A lei da perspectiva de viagem - quando dois caminhos parecem tocar-se, tocam-se mesmo.

  2. A lei da perspectiva de sobreposição - quando um caminho parece encontrar-se sobre outro, está mesmo.

  3. A lei da perspectiva de existência - quando uma abertura entre dois caminhos não pode ser vista e os caminhos parecem estar unidos, estão mesmo.

  4. A lei da perspectiva de ausência - quando um orifício não se vê, não existe.

  5. A lei da perspectiva de salto - quando o caminhante salta, chega ao chão independentemente do que pareça encontrar-se sob ele.


O que o jogo traz de legal é usar essas leis para abrir novos caminhos, que não existiriam sem elas. Como eu sou meio descordenado, peno um pouco para controlar a tela, já que o bonequinho não pára de andar e nem sempre vai para onde a gente quer... Enfim, ter a mente aberta para espantar o medo do novo e quebrar preconceitos é uma sensação muito boa. Semana passada eu disse para meus colegas que o Firefox é um panda e não uma raposa. Achei incrível como ninguém acreditou na hora, mas o Wikipedia comprovou tudo. Acho muito louco a sensação de sentir seu mundo cair, porque abre uma oportunidade de você reconstruí-lo e enxergá-lo de uma outra forma. E como qualquer oportunidade, cabe a nós mesmos decidir aceitar ou não.