.: Encontros e Despedidas :.

Sábado foi um dia de encontros. Essa época do ano a minha família vem me visitar em Campinas porque fica complicado eu ir para o litoral, já que um monte de gente desce do interior para lá e o trânsito da descida fica todo congestionado. Geralmente, em feriados prolongados, eu costumo ir a Praia Grande, mas no Carnaval não compensa por causa do trânsito infernal. E justamente esse ano, meu aniversário caiu bem no meio dele. No sábado o pessoal chegou no meu apartamento e dele seguimos direto para o apartamento da minha tia almoçar. Passamos o dia todo por lá e até vimos o cometa Lulin. Jantamos e voltamos para o apartamento. No domingo, fizemos quase o mesmo esquema, depois de acordar seguimos todos para lá e de lá para o Dompas. Comprei mais dois livros para ler, um deles é um romance bem famoso, Twilight e outro é sobre multiplicidade. De madrugada, fiquei lendo um outro livro que comprei semana passada sobre uma aventura no mundo da filosofia ocidental (o que me fez querer ler também sobre a filosofia oriental) que terminei hoje.


Já na segunda-feira, pela tarde, minha mãe, irmã e tia de Campinas (a tia mais velha) foram passear no Iguatemi, meu tio e primo assistir um filme no Dompas e eu, minha tia mais nova e meu avô ficamos no apartamento para fazer um bolo muito gostoso para o meu aniversário. De noite meus tios e primo chegaram aqui no meu apartamento me dar os parabéns. O resto da noite fiquei lendo um pouco mais e a minha tia jogando um pouco de PSP. Meu apartamento é pequeno, incrível como tanta gente dormiu por aqui...







Hora de dar aquele sorriso para as câmeras. Êpa. Esqueci de fazer o pedido!

Minha mãe, eu, avô, a tia mais nova, irmã, tio e primo.




A terça-feira foi um dia de despedidas. Em vários sentidos. Minha família iria voltar para Praia Grande só na quarta, mas o destino trouxa a notícia ruim do falecimento de um tio que estava no Japão. Quem comunicou às pessoas daqui foi a minha tia mais velha. Ela veio até o apartamento e estava alterada quando começou a contar para a minha mãe ainda na porta, e, nesse momento, o meu coração ficou batendo mais forte. Aliás, todas as três irmãs ficaram alteradas, lamentando muito a perda do irmão mais velho, sem contar nos olhos vermelhos e gaguejos. Ninguém contou para o meu avô naquela hora, isso seria feito só depois que voltassem para Praia Grande. Me impressionou o modo como minha mãe disse de como é inaceitável para os pais a perda de um filho, contrariando o sentido da natural da vida. Porém, seria mais fácil para ele tomar o conhecimento do fato em sua casa, diminuindo sua ansiedade. Minha tia e mãe falaram com meu primo pelo Skype desejando muita força porque voltar do Japão com a missão de trazer o pai para a despedida é muito doloroso mesmo.


É muito triste ver sua família ir ficando menor. O contrário seria vê-la ficando maior, mas nem eu, nem a minha irmã ou nenhum de meus primos (contando somente os mais próximos, que cresceram juntos) tivemos filhos ainda. Cada um dos que ficam têm seu jeito de lidar com suas emoções. Compreender, aceitar, revoltar, culpar, esconder, vários sentimentos podem contagiar cada um, só a própria pessoa pode entender o que ela mesmo está sentindo, ou talvez nem isso. O tempo se encarrega de transformar esses sentimentos depois em saudade para aqueles que forem sinceros consigo e com os outros.


O título do post eu peguei emprestado de uma música do Milton Nascimento - Encontros e Despedidas (clique aqui).

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