.: Quem Sou Eu? E, Se Sou, Quantos Sou? :.

Acabei de ler este livro de introdução à filosofia, cujo autor é o alemão Richard David Precht. O título original é: "Wer bin ich: und wenn ja wie viele?". O livro é bem fácil de ler e a sensação da leitura é de uma viagem por várias cidades e, em cada viagem, o autor aproxima e dá foco a um ambiente relacionado ao capítulo. Geralmente ele desvia a atenção para alguma pessoa, algum pensador que irá representar determinado assunto. Essa viagem é atemporal e segue a sequência definida pelo autor que dividiu o livro em três partes: <O que posso saber?>, <O que devo fazer?> e <O que posso esperar?>. Filosofia, psicologia, sociologia, neurologia, biologia, várias ciências são misturadas e colocadas nessa viagem. Essa sensação de estar explorando várias cidades, conhecendo vários pensadores, suas vidas e pesquisas dá a narrativa mais vida e ao mesmo tempo permite explicar sobre os diversos temas e como eles eram interpretados em cada época.


O livro é bem introdutório, não chega a se aprofundar muito nos temas, mas os coloca juntos e em linha, o que é bem interessante. Porém, muitos dos exemplos são voltadas para a Alemanha, o que não causa muito impacto para os leitores de outros países. Outra coisa, foram citados praticamente pensadores europeus e americanos. Uma aventura na filosofia, como o próprio subtítulo do livro sugere, precisaria ter na rota o rico mundo da filosofia oriental, no mínimo. Nesse ponto, eu achei que o livro perdeu muitos pontos porque no fim das contas, o pensamento humano evoluiu como conjunto no planeta inteiro e continua a evoluir nele todo. Mas eu aprendi bastante com ele.


A primeira parte do livro viaja no individual, explora nossa mente, nosso cérebro, memórias e linguagens. É a parte que mais gostei. A segunda começa se voltar para o social e entra em temas relacionados a moral, dos direitos e deveres do ser humano e seu relacionamento com a natureza e animais. A terceira parte me agradou também, o texto é um pouco mais cansativo, mas traz temas interessantes como o sentido das coisas, liberdade, o valor que damos as coisas e a felicidade. No contexto, cita o Guia do Mochileiro das Galáxias sobre o sentido das coisas e o filme The Matrix sobre o sentido da própria vida.

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